Se liderar é um exercício de influência e persuasão, comunicação é uma competência essencial.
Trata-se de comunicar com clareza, simplicidade, assertividade e empatia. Nada de palavras complexas nem discursos profundos, mas um diálogo aberto e preciso. E bem direcionado para o público-alvo.
A comunicação é uma das principais ferramentas de gestão e liderança, e onde vejo mais falhas e erros no formato e no conteúdo.
Uma primeira premissa a considerar é que “comunicar é diferente de falar”!
Para falar, não é necessário um interlocutor! Quem aqui não fala sozinho! Para falar o outro é dispensável, a fala é intrapessoal!
Agora, para comunicar o outro é indispensável! Quando eu comunico algo, a mensagem é direcionada para alguém e/ou para um grupo de pessoas! A comunicação, portanto, é sempre interpessoal.
Uma segunda premissa importante no processo é que “a comunicação não é aquilo que você diz, mas aquilo que o outro entende.“
Costumo dizer que se o outro – o interlocutor – não entendeu a mensagem, a culpa não é dele e sim do emissor da mensagem
E aqui temos um terceiro aspecto importante e que não é considerado pelo emissor.
Cada interlocutor interpreta o conteúdo da mensagem segundo seu próprio modelo mental (suas crenças, sua formação, sua cultura, sua experiência) e repercute a mensagem a partir dessa interpretação, que pode ser única!
Veja um exemplo:
Imagine que você está se comunicando com uma criança de 6 anos.
Naturalmente você adapta sua linguagem para que a criança entenda o que está sendo dito. Você regula o vocabulário, as expressões corporais, a ênfase, de forma a possibilitar o entendimento segundo o modelo mental dela.
Fazemos isso de forma até mesmo intuitiva, não é mesmo?
Assim, nas comunicações mais complexas do cotidiano da liderança, também é importante que você busque conhecer um pouco dos modelos mentais dos interlocutores.
E, por que é importante conhecer um pouco mais dos interlocutores?
1. Para compreender nosso comportamento e seus impactos diante das pessoas.
2. Para compreender o comportamento das pessoas e porque elas reagem de determinada maneira.
3. Para identificar situações nas quais somos bem-sucedidos junto às pessoas.
4. Para entender por que não conseguimos nos dar bem em algumas situações.
5. Mas, principalmente, para poder desenvolver estratégias a fim de aumentar o poder de persuasão e melhorar o benefício mútuo.
Existem alguns instrumentos bem práticos que podem ajudar na formatação de conteúdos de comunicação que reduzam significativamente os ruídos e mal-entendidos tão comuns nesse processo!
Na mentoria de liderança utilizo instrumentos de auto-conhecimento e de aplicação imediata, que ajudam muito uma comunicação mais assertiva e produtiva!
E então, você já pensou em melhorar sua abordagem de comunicação usando as premissas acima?
Gostaria muito de ouvir suas experiências!