Há tempos penso em escrever algumas poucas linhas sobre procrastinação. Penso sempre que o tema é cheio de chavões e lugares-comuns. Nada que você e todo mundo já não saiba! Então, por que escrever sobre isso? E lá vai mais uma procrastinação.
Decidi, então, que não vou mais procrastinar para escrever sobre procrastinação. Eita palavra difícil!!! Cada vez que pronuncio ou tento escrever, mais me passa pela cabeça deixar isso para depois. Poucas palavras têm a potência de nos fazer agir exatamente pelo significado delas ao pronunciarmos verbalmente ou mentalmente. Por exemplo: esperança, amor, raiva, gratidão… pensou aí? Agora pense: procrastinação. Dá vontade mesmo de escrever sobre isso? Mas não vou procrastinar. Ufa!
A tal palavra é um verbo direto e intransitivo (já estou quase desistindo!) que, segundo Houaiss, significa: “transferir para outro dia ou deixar para depois; adiar, delongar, postergar, protrair”. Protrair? Tá de brincadeira?!
Não, não posso desistir. Vamos lá! Para não procrastinar ainda mais, listei 11 dicas para evitar que esse “palavrão” ocupe sua vida e o faça sentir-se incompetente, improdutivo, incapaz, vítima, fracassado, sem propósito, sem rumo, sem meta, sem resultado e/ou sem história. Opa, só aqui já temos 10 consequências da tal! Me acompanhe:
- Só se proponha a fazer aquilo que você for capaz.
- Só se proponha a fazer aquilo que você for capaz e tenha tempo para tal.
- Se não tiver tempo de fazer duas coisas, opte por apenas uma e descarte totalmente a outra.
- A outra que você descartar, compare com a próxima prioridade.
- Não tenha medo de descartá-la novamente. Ela – a coisa ou aquilo – não vai ficar magoada. É só uma coisa!
- Agora, se essa coisa duas vezes descartada for importante para uma pessoa que não você, recomendo que pense melhor. Essa sua decisão pode ser procrastinação para o outro. Dependendo de quem for o outro, você poderá estar em “maus lençóis”.
- Para evitar a armadilha do “deixar para depois”, pense no tempo. Talvez já tenha vindo para você a tal “gestão do tempo”, certo?
- Você não tem controle sobre o tempo (tem gente que vai me odiar por dizer isso!). O tempo controla você. Ninguém tem 26 horas no dia, nem 23. Tempo é o que nos iguala. Todos com 24 horas.
- É você quem decide o que começa e o que termina nas 24 horas do dia. O controle é sobre as atividades.
- Quais atividades devo escolher para serem “urgentes ou importantes”? Isso também não existe! Não é sobre urgente e importante…
- É sobre fazer o que tem que ser feito, de acordo com o seu propósito, usando as suas competências, para atingir os resultados que você precisa para ser feliz, realizado e com sucesso!
É difícil? Para mim é muito difícil! Mas pelo menos, ao final do dia, se eu tiver realizado uma ou duas coisas que me propus a fazer naquelas horas sobre as quais eu não tenho controle, já terá sido uma grande vitória.
Eu só procrastino o que não cabe no meu tempo e no meu propósito. Ah, Sergio, eu não sei qual é o meu propósito! Vamos tratar disso? Eu sei como e posso ajudar! Espero seu chamado.